UMA BREVE EXPOSIÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA​

Apiaí é o 19º município do Estado pela ordem de emancipação, ocorrida aqui a 14 de agosto de 177​1. Com 27 mil habitantes, está localizada em uma área de transição entre Sudoeste Paulista e o Vale do Ribeira, a 324 quilômetros da capital, na Região Administrativa de Sorocaba. Situada a 960 metros acima do nível do mar, possui relevo predominantemente montanhoso e clima frio e úmido, com temperaturas que variam em torno de 14ºC no inverno – podendo atingir 4ºC negativos quando ocorrem geadas – e 28ºC no verão. A umidade relativa do ar oscila em média de 60 a 90%. Quanto à sua Economia, os destaques são o Turismo, a indústria cimenteira da Camargo Corrêa Cimentos, e o cultivo do tomate, do qual é o maior produtor brasileiro. Na Pecuária, conta com 33 mil cabeças, com destaque para os bovinos.

​Apiaí é uma terra de mistérios, lendas e ‘causos’ que os mais antigos nos legaram, sobre os lobisomens, sacis e curupiras, todos devidamente vivos graças a tradição oral. Hoje, no entanto, há uma certa “tradição visual” que nos dá conta de estranhos fenômenos luminosos, aparições de OVNIs e contatos imediatos com ETs vindos de Órlon e outros pontos distantes do universo. No entanto, se os extraterrestres são a atração do momento, há um motivo bem mais interessante para uma visita à região: o fascinante mundo intraterrestre.

Para quem vem de São Paulo pela SP-250, Apiaí é o ponto de entrada para o Petar – Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira. Localizado entre os municípios de Apiaí e Iporanga, esse belo e ecológico “planeta” é dotado de uma geografia sem igual em toda a Via Láctea: são mais de 250 cavernas cercadas pela exuberância da Mata Atlântica, cada uma com sua particularidade.

A Casa de Pedra, por exemplo, apresenta o maior portal entre todas as cavidades naturais da Terra, com 215 metros de altura. Já a Santana, com seus 16 quilômetros mapeados, é a mais extensa e a mais visitada, recebendo cerca de 50 mil “intranautas” por ano. Outras, como a Água Suja, abrigam raros habitantes, como bagres cegos e aranhas albinas. São os “itês” – os seres intraterrestres do Petar.

​Eles estão a sua espera para um contato, tão imediato, quanto inesquecível…

CRÉDITOS: Luiz Pienta

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SÍNTESE DA HISTÓRIA DE APIAÍ

DATA DE FUNDAÇÃO – 14/08/1771
FUNDADOR – FRANCISCO XAVIER DA ROCHA

​Apiaí começou como uma pequena vila que vivia em função do extrativismo mineral da região. Thomaz Dias Baptista, foi um dos fundadores da vila de Apiaí, junto com seu sogro Manoel Rosa Luiz e seu concunhado Francisco Xavier da Rocha, este, foi obrigado a fugir de Minas Gerais, onde havia sido Capitão-Mor de um de seus “arraiais”, por crime ali praticado, veio parar nestas regiões, ao sul, com 150 escravos, fundando então um pequeno povoado.Ficou sabendo, por intermédio de um caçador de Itapetininga, da existência de ouro nas nascentes do Rio “Apiaí” – Rio menino em Tupi Guarani. Vindo então estabelecer-se no lugar, de nome “Capoeiras”, atual Distrito de Araçaíba- Apiaí- S.P. Contundo devido às grandes dificuldades existentes naquele local, resolveu seguir adiante e a fundar uma das primeiras povoações, que dariam origem ao município de Apiaí, antes chamado de Santo Antonio das Minas.

Em 1770, o então governador D. Luiz Antonio de Souza Botelho de Moura, elevou-se o nascente povoado a categoria de Vila com a denominação de Santo Antonio das Minas de Apiaí, em 1771, começou seus trabalhos a Câmara Municipal. A carente vila que deu origem a cidade de Apiaí.
​Atualmente Apiaí é um município turístico, onde se destaca diversas esculturas em argila. Com relação ao seu relevo, possui vários morros, dentre eles o Morro do Ouro, o mais famoso de todos. Cercado pela Mata Atlântica possui uma altitude de aproximadamente 1.100 metros. Existem algumas grutas e cachoeiras que fazem parte dos roteiros turísticos da cidade de clima frio, localizada no Alto Vale do Ribeira, numa região declarada pela UNESCO como “Reserva da Biosfera do Patrimônio Mundial”, tendo na região de Apiaí um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do país, evidenciando uma riqueza paisagística composta de recursos naturais de rara beleza.

Além de ter sido alvo de explorações aurífera nos séculos XIX e XX, acabou sendo declarado parque municipal e mantém viva ainda sua beleza e imponência apesar de algumas degradações do passado.

​CRÉDITOS: Jefferson Roberto de Castro​